quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Super reportagem...

Responda rápido: Qual a primeira coisa de que você se lembra quando pensa na sua época de infância?

Aposto que brinquedos, brincadeiras e desenhos animados da época povoarão sua mente, certo!?

Não sei quanto às meninas, mas se você é garoto e teve uma infância “normal”, aposto que pelo menos 90% dos brinquedos e desenhos que gostava tinham alguma relação com heróis, seja da TV, cinema, revista…

De “hominhos” de comandos em ação aos desenhos dos Thundercats, tudo convergia para a eterna luta do bem contra o mal. Não importava se no final tinha alguma lição de moral – como as histórias do He-Man –, ou se tudo não passava de uma briga sem sentido. Sempre havia o herói e o vilão. Essa sempre foi a premissa de quase todos os meios de entretenimento infantil da minha época.

Que menino nunca se fantasiou e saiu por aí querendo combater o crime, vestido com a roupa do seu herói preferido? Fosse numa festa a fantasia, carnaval, ou mesmo para ficar em casa e chamar os amigos, toda criança sempre usou a imaginação como válvula de escape de tudo aquilo que lia em revistinhas ou via na TV, e em tenra idade isso não apenas é normal como saudável.

Mas a gente cresce. Uns mais, outros menos, mas todos envelhecemos. E descobrimos que o que vemos nas telas e no papel é muito diferente do tal “mundo real”.

Aqui não existe esse negócio de colocar uma máscara e sair por aí “combatendo o crime”. Isso não é um trabalho para o Superman, mas sim para a polícia. Bem ou mal, eles são pagos e treinados para isso. Sem falar em nossas responsabilidades pessoais – cada um tem sua vida para administrar: trabalho, família, dinheiro – e claro, no senso de ridículo!

O que muda é a forma de vivenciar a aventura.

Quando crianças nos espelhamos naquilo que vemos e sonhamos que podemos ser como aqueles heróis que nos inspiram. Mas com o passar do tempo, as coisas mudam, e passamos a nos divertir de maneira diferente. Divertimo-nos pelas histórias em si, pelo amálgama formado pela qualidade do texto e beleza dos desenhos e cores.

Mas, como todos sabem, a principal qualidade do ser humano é se superar, seja na inteligência, seja na idiotice.

Há alguns anos Mark Millar e John Romita Jr. colocaram nos quadrinhos a resposta para o questionamento “Mas por que diabos ninguém sai por ai de colant e vira um combatente do crime?”. Não acho que Kick Ass seja um primor de história, nem que exponha um mínimo de realidade possível, mas mesmo assim dá para se ter uma noção da resposta. E qual seria? “Porque ninguém é tão estúpido a esse ponto!”

Tem muita gente por aí que não se sente intimidado e sai pela rua trajado a caráter e se auto intitula super herói.

E há heróis para todos os gostos e tamanhos, do mexicano gordo à pobre menina americana que levou um pé na bunda do namorado, se revoltou e resolveu combater o crime (mas heim?!).

Até onde sei, ao contrário do sonho de Gloria Kalil, não existe qualquer lei que proíba andar por aí com roupas ridículas; então, desde que esses não portem armas e não saiam por aí distribuindo porrada (mas heim!?²), então não tem problema.

Cada um age em um lugar, tem seu modus operandi e cria um nome tosco para si mesmo, porém, e até que se prove o contrário, todos têm uma coisa em comum: Nenhum tem super poderes (exceto se fazer rir for um poder, senão…).

Mas… E se existirem pessoas com super poderes? E se o que vemos nos quadrinhos já existirem no nosso mundo?

Pois essa é a aposta da última empreitada televisiva de Stan Lee!

Depois do absurdamente cômico Who wants to be a superhero?, Titio Stan mostra as caras nesse novo programa onde o negócio é ir atrás de pessoas com habilidades extraordinárias.

No ar por aqui desde 29 de janeiro no History Channel, Super-humanos de Stan Lee, vem com a promessa de apresentar a cada episódio um caso diferente de pessoas com poderes sobre humanos.

Diferente dos malucos que andam por aí de roupa colada e pagando mico de super-herói, os indivíduos apresentados aqui não estão nem aí para esse negócio de correr atrás de bandido. Cada um toca a sua vida, se exibe ou usa seus “poderes” para trabalhar mesmo (como o sujeito que serve de boneco de testes para avaliar segurança de automóveis).

Alguns dos tais super-humanos têm poderes bem interessantes, como o Super Samurai, que consegue aparar um tiro cortando o projétil (de borracha, claro – segurança em primeiro lugar!) ao meio; ou o sujeito cego que, assim como o Demolidor desenvolveu uma espécie de sonar para se guiar.

Outros são dignos de freak show, como o indiano condutor de eletricidade e o contorcionista Daniel Browning Smith, que faz o “serviço sujo” do Sr. Lee, já que enquanto o velhinho fica no estúdio apresentando, Smith é quem vai a campo atrás dos prodígios.

Confesso que nem acompanho tanto o programa. Descobri por acaso no youtube. Não sei se é porque na ocasião eu estava meio bêbado, mas a primeira vista o programa empolga! Não só pelas habilidades dos fulanos, mas também porque no decorrer do episódio é explicado cientificamente como eles conseguem tais proezas, e por quê.

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