quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SUPERBOY - THE BOY OF STEEL

O Superboy moderno foi criado por Karl Kesel e Tom Grummet após A morte do Superman, como um dos quatro heróis que substituíram o Homem de Aço. Logo ganhou revista própria, tornando-se uma das maiores estrelas do panteão da DC Comics.

Inicialmente, o clone do Superman não buscava nada além de impressionar garotas e surrar vilões, curtindo a vida como ninguém. Com o tempo, os roteiristas trataram de amadurecer o jovem herói, inclusive com a revelação de que metade de seu DNA vinha do perverso Lex Luthor.

O Superboy morreu em Crise Infinita e ressuscitou em Crise Final - A Legião de três mundos, pelas mãos do roteirista Geoff Johns. E é Johns que retorna ao lado do ilustrador Francis Manapul para narrar a nova vida de Kon-El.

Essa nova fase na vida do Garoto de Aço, originalmente publicada no também renascido títuloAdventure Comics, é bem intimista e cheia de sacadas interessantes. Aqui, o Superboy explora como nunca sua dupla origem, mantendo um bloquinho de anotações com listas do que Superman e Luthor fizeram na juventude, e comparando-as com sua própria realidade.

Quando foi revelado, tempos atrás, nas páginas de Novos Titãs, que ele herdara material genético de Lex Luthor, a mudança pareceu arbitrária e sem propósito, mas finalmente diz a que veio nessas novas histórias. Johns também trata de reunir o herói com sua namorada, a Moça-Maravilha, e o melhor amigo, Robin Vermelho. Assim, explora momentos contundentes e cheios de sentimentos.

Um ponto a se destacar é o quanto a saga do Superboy faz bom uso de clichês do gênero, como morte e ressurreição de personagens, além da bagagem cronológica e do universo partilhado.

Em diálogos certeiros, o leitor confere o resultado de situações ocorridas quando o herói esteve morto, ligações com a busca por Bruce Wayne e a interminável saga do Novo Krypton. E tudo isso funciona a favor da presente aventura, ajudando a compor um painel abrangente da vida noUniverso DC, do ponto de vista de seu jovem defensor.

Johns ainda brinda o leitor com novos coadjuvantes, que passaram a compor o elenco de apoio do novo título do Superboy. Mas quem realmente rouba a cena é Lex Luthor. O vilão realiza aqui um dos atos mais hediondos de sua carreira, num show de caracterização.

A arte da edição, pelo lápis de Francis Manapul, também é um ponto positivo. Egresso do estúdioTop Cow e saindo de uma passagem pela Legião dos Super-Heróis, ele apresenta seu melhor trabalho com o Superboy.

Sua abordagem idílica para a cidade de Smallville lembra o trabalho de Tim Sale em Superman - As quatro estações, além de ter clara influência do pintor norte-americano Norman Rockwell.

A cena do Superboy lanchando no ar com a Moça-Maravilha com a lua ao fundo, rendeu ilustrações de rara beleza. E ainda há a notável participação do cão Krypto, o superanimal de estimação mais querido pelos leitores.

A edição bem cuidada conta com sketches, layouts de páginas, galeria de capas e biografia de personagens. Pra resumir, é quadrinho de super-herói em sua melhor forma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário